quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pergunta-me

Pergunta-me
Se ainda és o meu fogo
Se acendes ainda
Um minuto da cinza
Se despertas
A ave magoada
Que se queixa
Na árvore do meu sangue
Pergunta-me
Se o vento tudo arrasta
Ou se o vento nada trás
Se na quietude do lago
Repousam a fúria
De mil cavalos.
Se eras tu
Que reunias os pedaços do meu poema
Reconstruindo
A folha rasgada
Na minha mão crescente.
Qualquer coisa pergunta-me,
Pergunta-me qualquer coisa
Uma tolice
Um mistério decifrável
Simplesmente
Para que eu saiba
Que ainda queres saber
Para que mesmo sem te responder
Saibas o que te quero dizer

XANA

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