sexta-feira, 30 de abril de 2010

Poesia é...

Rir até não poder mais,
um conjunto de estrofes,
uma forma de expressar sentimentos...
crescer
ser livre em pensamentos,
conhecer e aprender
o que podemos ser.
Escrever com alegria
o que somos no dia-a-dia.
Recitar
mil palavras num papel,
declarar o pensamento de um poeta...
Algo que se sonha,
o sabor de palavras bonitas
mergulhadas num mar calmo.
Amar a leitura
num lugar para sonhar...
uma cidade cheia de palvras,
um lugar de desabafo, imaginação e fala.
Amar, sentir e viver
e poeta ser...

poema colectivo do 7º D

Um livro por desdobrar

Um livro por desdobrar
é assim a nossa história que parece não ter final
em que eu acabo por me deixar enfeitiçar
e em que tu és a personagem principal.

Os teus olhos incendeiam-se ao resvalar
uma fina lágrima do meu rosto oscilante
as peças da minha vida eu tento encaixar
mas faltas tu e aí, eu fico hesitante.

Para uma rosa desabrochar
a luz do Sol nela há-de incidir
mas a chuva acabou por curar
todas as feridas que te estavam a cobrir.

Depressa chegaste e eu desabafei
mas tudo se dissolveu no tempo
quando partiste, eu chorei
porque tudo não passou de um mero momento.

Inês Marques 9ºD

Acredita...

Dizem-me para acreditar
que o que sinto por ti é apenas Saudade
e que tudo vai passar
com o tempo que parece ser uma infinidade.

Não consigo entender como me levaste
a escrever tantas palavras em vão
se apenas te foste embora e me deixaste
entre a luz e a escuridão.

Por ti escrevo o que sinto
e vasculho por entre as recordações
tu és como um lobo faminto
que apenas me alimenta de ilusões.

Um dia irei acordar
para perceber se isto foi verdade
será que ainda vale a pena acreditar?!
ou tudo está longe da realidade?

Inês Marques 9ºD

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho

é uma constante da vida

tão concreta e definida

como outra coisa qualquer,

como esta pedra cinzenta

em que me sento e descanso,

como este ribeiro manso

em serenos sobressaltos,

como estes pinheiros altos

que em verde e oiro se agitam,

como estas aves que gritam

em bebedeiras de azul.



eles não sabem que o sonho

é vinho, é espuma, é fermento,

bichinho álacre e sedento,

de focinho pontiagudo,

que fossa através de tudo

num perpétuo movimento.



Eles não sabem que o sonho

é tela, é cor, é pincel,

base, fuste, capitel,

arco em ogiva, vitral,

pináculo de catedral,

contraponto, sinfonia,

máscara grega, magia,

que é retorta de alquimista,

mapa do mundo distante,

rosa-dos-ventos, Infante,

caravela quinhentista,

que é cabo da Boa Esperança,

ouro, canela, marfim,

florete de espadachim,

bastidor, passo de dança,

Colombina e Arlequim,

passarola voadora,

pára-raios, locomotiva,

barco de proa festiva,

alto-forno, geradora,

cisão do átomo, radar,

ultra-som, televisão,

desembarque em foguetão

na superfície lunar.



Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida,

que sempre que um homem sonha

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança.



In Movimento Perpétuo, 1956, António Gedeão

PARA QUE NÃO ESQUEÇAS ABRIL

Todos os anos têm um mês de Abril e todos os meses de Abril têm um dia 25. Porém, o dia 25 de Abril de 1974 foi um dia especial para os Portugueses. Porquê? Porque o País e os seus habitantes voltaram a viver em liberdade, depois de quase cinquenta anos de trsiteza e de silêncio.
in O 25 de Abril contado às crianças... e aos outros de José Jorge Letria

Esta semana celebrou-se na nossa escola a Semana da Leitura, tendo como tema " ler em liberdade"; para acompanhar esta celebração aqui ficam alguns poemas alusivos a este assunto. Usa a tua liberdade para ler e escrever!

domingo, 18 de abril de 2010

Amar

Puseste-me a pensar
Será que vale a pena amar?
Começo a imaginar…
Divagar…

A razão do meu pensar
Depois descobri
Que era por te amar!
O meu coração eu te abri!

Com o nosso primeiro olhar
Respondeste-me com um beijo
E foi ai que te comecei a adorar!
E desde então desejo…

P'ra isto nunca mais acabar
Espero não ter de sofrer
Por te amar
Porque ai, eu não te queria ter!

Então, será que vale a pena amar?
Se sim ou não
Terão de ser vocês a procurar
A resposta e verão…


(Elisa)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Poesia

A poesia é mais que um aglomerado
de palavras, sentimentos e ideias
é uma forma de expressar sem sigificado
para alguns é um dom que lhes corre nas veias.

Há quem escreva por puro divertimento,
e há quem a use para se declarar...
para muitos muitos, escrever versos é uma perda de tempo,
para outros é mais fácil escrever do que falar.

Na poesia a imaginação
não tem limites, nem barreiras...
uns escrevem com o coração,
outros recorrem à fantasia das fadas e sereias.

No mundo há pessoas que usam esta forma de expressar
apenas quando estão tristes e a sofrer,
muitas delas usam-na para desabafar,
pois não têm mais ninguém a quem recorrer.

Inês Marques, 9ºD

Poema

Escrever um poema
Pode ser um problema
Por isso inventamos,
Um grande estratagema!

Dizem que não tem que rimar,
Mas para ficar giro
Podemos usar a palavra “amar”
Ou “descansar”…

Engraçado, está isto a ficar
Então vamos continuar a trabalhar
Para que o poema
Possamos melhorar!

Afinal…
Não me parece que seja um problema
Escrever um poema
Só temos de seguir o estratagema!



Elsa Silvestre 8ºD nº8

Como nascem as manhãs

"O fundo dos olhos da noite
guarda silêncios.
Esconde na retina
a menina que corre descalça em campo aberto.
Pálpebras cerradas, a noite emudece.
A menina com medo
faz um furo no escuro com a ponta do dedo.
Cai um pingo de luz.
Amanhece."


Flora Fiqueiredo, (poetisa brasileira)
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