sábado, 25 de setembro de 2010

A República e as Palavras

A 1ª República, cujo centenário celebramos com o feriado do próximo dia 5, caracteriza-se por um espaço de grandes mudanças.
As palavras não escaparam a essas mudanças. Em 1911 deu-se a primeira reforma da Língua Portuguesa, que, tal como acontece hoje com o Acordo Ortográfico, despertou debates.
Há sempre quem goste de «colorir» os argumentos do debate com uma contribuição em verso. Em Maio de 1911, o jornal regional Notícias de Alcobaça, publicava estes versos sobre o tema, que apareceram originalmente no jornal nacional Novidades:

"Com a tal ortographia
que vae ser modificada
anda tudo em gritaria
e ninguém percebe nada.

Deixa o x de figurar
nos alphabetos de cá
e eu terei de me assignar
Xavier com ch.

Em tal ponto não concordo
nem a gente que me lê,
mas leitor, estou de acordo
o pôr cedilha no c.

N'outros tempos em folia
já o Banana, coitado
quando chouriço escrevia
punha-lhe um c cedilhado."


Para quem quiser saber mais sobre este assunto, recomendamos a consulta do artigo Ortografia da Língua Portuguesa, na Wikipédia.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Face

Não quero que sejas um pedaço inacabado
de uma súbita história morta
cuja face tem um grande significado
mas um destino que já pouco importa.

Então caminho sem nexo ou explicação
e o passado é o meu companheiro de viagem
queria apenas voltar a ter a recordação
do teu olhar que hoje mais parece uma miragem.

Mas estou aqui sem estares por perto
apenas com a brisa da noite a chegar
o luar é cada vez mais incerto
tal como o tempo que tens para me dar.

Bem sei que as coisas mudaram
e que a felicidade deu lugar ao rancor
na tua cabeça uma imagem nova de mim criaram
e a mim resta-me apenas lidar com tamanha dor.
Inês Marques

Ano Lectivo 2010/2011

A Escola é...

O princípio de uma vida que traça uma etapa futura.
Uma nuvem que nos impregna de sabedoria.
A casa do Saber:
Fonte de Ensino e Centro de Aprendizagem.
A Harmonia perfeita entre a Cultura e a Amizade;
Uma Biblioteca de histórias, ensinamentos e convívio;
O Conhecimento infinito sempre a prosperar.
Um espaço mágico,
O tesouro da nossa Adolescência,
O local onde crescemos.

Poema Colectivo do 8ºB

(inspirado na leitura de uma entrevista a Fernando Nobre, constante do Manual de Língua Portuguesa)