segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Maldição de um tempo

A Maldição de um tempo
Controlas o tempo que me escorre pelos dedos
e que à beira deste leito eu quero quebrar
eu sei que nesta noite não existem segredos
mas quem sou eu para no tempo mandar?!

Cada minuto avança apressadamente
e vejo que os degraus começam a ceder
na escada da vida não há decididamente
lugar para aqueles que querem retroceder.

A chama que invadia o meu coração
dá agora apenas um pequeno foco de luz
já não arde, já não queima, mas tornou-se numa ambição
aquela que ainda hoje me conduz.

Ao avançar cada ponteiro
as últimas lágrimas tendem a verter
chegou o momento derradeiro
aquele contra o qual não posso mais combater.

Na claridade destas águas inocentes
vi um fino fio de sangue escorrer
onde à deriva navegavam os insolentes
vejo agora um tempo que teima em se desfazer.

Tempo esse que lançou a maldição
ao conquistar a população do nosso mundo
por mais que tente não encontro explicação
para um passado que se resume num segundo.

Inês Marques nº21 9ºD

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