domingo, 4 de março de 2012

Concurso "Faça lá um poema"

O concurso impôs-nos uma seleção muito restrita do talento poético que germina na nossa escola, nem todos podem ser vencedores , mas a beleza das palavras de cada um dos poemas que a seguir vos damos a oportunidade de conhecer revela o quão difícil foi a nossa escolha e o quanto nos orgulhamos dos nossos pequenos escritores.


Contagem

Um cintilante cristal
Um dia por esquecer
Um novo passado
Um recente futuro
Dois arco-íris
Dois infinitos
Dois meses passados
Dois correntes rios
Três cores preferidas
Três cruéis verdades
Três memórias esquecidas
Três fantasias trocadas
Quatro contas erradas
Quatro erros cometidos
Quatro mentiras sentidas
Quatro melodiosas sinfonias
Cinco estrelas no céu
Cinco lágrimas no chão
Cinco sorrisos perfeitos
Cinco dedos tem uma mão
Seis velas acesas
Seis velas apagadas
Seis gotas de chuva
Seis chamas alaranjadas
Sete dias da semana
Sete distantes caminhos
Sete pedras cortantes
Sete gestos macios
Oito corações magoados
Oito oiros encontrados
Oito jóias resplandecentes
Oito papoilas vaidosas
Nove jogos derrotados
Nove sentimentos perdidos
Nove promessas quebradas
Nove figuras diferentes
Dez flores floridas
Dez amargos sentidos
Dez espelhos partidos
Dez números proferidos.

Rita Silva 9ºB



Algo

Sinto algo a palpitar
Bem cá dentro de mim
Será sangue ou será água
Não sei mas não tem fim

Espero vir a descobrir
Para te poder contar
Ao meu ser, dentro de mim
O único em quem posso confiar

O suor beija a minha cara
Como algo me faz pensar
Será o sol, será o vento
Que os meus segredos irá desvendar

Algo me quer dizer
Algo me quer contar
Algum sentido tem
E vou ter de o desposar

Sinto algo a palpitar
Bem cá dentro de mim
Será algo com certeza
Que eu vou ter de descobrir

Quando bate mais forte
Sinto o céu a desabar
Os sonhos vão caindo
E as estrelas voam no mar

Às vezes desaparece
Mas volta logo a correr
Sinto muito a sua falta
Pois faz parte do meu ser

É o meu local especial
Para fugir do dilúvio
Só eu conheço o caminho
Que vai dar a este refúgio


Não existem palavras
Para o descrever
Bate dentro de mim
É o que tens de saber

Sinto algo a palpitar
Bem cá dentro de mim
É algo certamente
Espero que nunca tenha fim


Maria Teresa Manzarra
Nº10 9ºB




Sentimento do coração

Quero contar-te uma coisa
Que sinto no fundo do meu coração
Não podes contar a ninguém
Guarda-o na palma da tua mão

Não contei a mais ninguém
A não ser a ti e a mim
És a única que compreende
E não olha para o fim

Algum dia desta vida
Espero vir a entender
O que cá faz este sentimento
Que não consigo perceber

É oculto e misterioso
Nem a cara pode dar
Sei pouco sobre ele
Mas um dia o vou olhar

Não existem palavras
Para o descrever
Agora que está dentro de mim
Não o vou mais esconder

Quero contar-te uma coisa
Espero que venhas a perceber
Acho que já consigo
De alguma forma entender

Um dia olhei pela janela
Numa noite de luar
Empoleirei-me no parapeito
E via as estrelas a dançar

Falavam umas com as outras
Sobre algo importante
Faziam gestos com as mãos
E chamavam-lhe desconcertante

Então a mais brilhante
Olhou-as a todas de uma vez
Fez uma pausa muito longa
E contou até dez

Contou-lhes tudo sobre ele
Aquele sentimento colorido
Chamou-lhe então amor
E disse que tinha de ser vivido


Maria Teresa Manzarra
Nº10 9ºB


Momento

Como pude
fazer algo tão estúpido, tão marado.
Deixar-te
ali pendurado, à chuva todo molhado ,
enquanto eu corria, sem saber o que fazia,
escolhendo de novo outra via, que não a certa.
Depois, fiquei parada.
Percebi que
corria para nada.
Virei-me para trás, à tua procura.
Será isso uma loucura?
Pensar em amar algo da qual fujo?
Pensar em beijar lábios escanzelados, macios e molhados
ali à chuva parados,
mas que nunca senti.
Não é loucura, é amor.
Não é de tal modo inovador, mas é de algum modo prometedor.
Sinto o encanto em cada recanto do grande pranto que carrego comigo,
por não ter conseguido seguir em frente.
Senti a dor e o temor,
isso sim inovador,
de que quando voltasse para trás
não estivesses lá, à minha espera.
Pendurado, parado, despenteado e com os lábios todos molhados.
Isso sim prometedor, não inovador,
pois sinto que talvez esperarias por mim,
mas de tal forma encantador.
E no meio de toda a dor e fulgor,
voltei para trás,
com esperança de finalmente sentir osteus lábios escanzelados, macios e molhados,
de tal forma torneados,
que a ninguém podiam ser melhor associados.
Então voltei, pisei, chorei, cantei, pensei, deixei,
enquanto numa fração de segundo,
tudo voltava a ser como estava destinado.

Maria Teresa Manzarra
Nº10 9ºB


Sonhos

Lágrimas nascem e desabrocham
Na minha face maltratada
Partiste-me o coração
E agora preciso de ser maltratada

Preciso de compreender
Porque te deixei para trás
Porque escondi o coração
Em todas as eras más

Olho-te agora
Com mais do que uma emoção
Dás-me luz, dás-me esperança
És a minha inspiração

Peguei num caderno e escrevi
Como me fazias sentir
Como és perfeito ao meu olhar
Como não suportaria ver-te partir

No meubolso, bem guardada
Está escritauma carta
Escrevi-a com o coração
E já pensei em entregar-ta

Às vezes sonho demais
Com juvenis contos de encantar
Sonho em abraçar-te
E que finalmente te posso alcançar

Que te posso contar
Tudo o que eu já senti
Posso ler-te depois
Tudo o que sobre ti escrevi

Mas tudo não passa de um sonho
Algo belo e jovial
Lágrimas caem de novo
E tudo volta ao normal.


Maria Teresa Manzarra
Nº10 9ºB



Toque de
Magia

Como o teu belo sorriso
Brilhante me alicia
Podemos sim dizer
Que foi um toque de magia

Como o teu suave toque
Me queima e acaricia
Como ficou a tua mão
De repente, tão macia

Quando olhas para mim
Como o teu olhar brilha
E tudo à tua volta
Sobre ti se movia

Como entras de rompante
Assim, tão galante
Como o meu olhar o queria
O teu toque de magia

És confiante, um pinga-amor
Um pobre, jovem sonhador
Quando o teu sorriso se move
Sobre ti, tudo se envolve

Como teu toque de magia
Queima lírios e lírias
Como então acordaria
Sem saber o que sentiria

Não sabes os bens
Que possuis ou tens
Quando entras com esplendor
Percorre o ar, o amor.

Esteja chuva ou esteja sol
Esteja uma noite quente ou fria
Antes de adormecer, o que eu queria
Era o teu toque de magia.

Maria Teresa Manzarra 9ºB

Era uma vez uma lágrima
Que de vez em quando precisava de sair,
Mas eu queria que ela ficasse presa
E então comecei a sorrir.

O sorriso guerreava com a lágrima.
E ela teimava em sair,
Mas como o sorriso é mais forte
A lágrima passou a pedir .

Ela pedia muita vez
Para sair cá para fora
Mas o sorriso era constante
E ganhava sem demora .

Mas a lágrima tanto queria e não podia
Que começou a ficar maior
O sorriso não queria
Porque achava que assim era melhor.

A lágrima continuou a crescer
Até já parecia uma bolha de ar
O sorriso não aguentou mais
E eu desatei a chorar .

Entretanto já aprendi
Que nunca se deve ignorar
Senão começa a encher
E o saco vai rebentar .

Agora vou sempre deixá-la sair
Sempre que ela quiser
É só ela pedir
Sempre que lhe apetecer.

Raquel Freitas; 9ºB; Nº15


A LÁGRIMA

Era uma vez uma lágrima
Que de vez em quando precisava de
sair
Mas eu queria que ela ficasse
presa
E então comecei a sorrir.

O sorriso guerreava com a lágrima
E ela teimava em sair
Mas como o sorriso é mais forte
A lágrima passou a pedir

Ela pedia muita vez
Para sair cá para fora
Mas o sorriso era constante
E ganhava sem demora

Mas a lágrima tanto queria e não
podia
Que começou a ficar maior
O sorriso não queria
Porque achava que assim era
melhor

A lágrima continuou a crescer
Até já parecia uma bolha de ar
O sorriso não aguentou mais
E eu desatei a chorar

Entretanto já aprendi
Que nunca se deve ignorar
Senão começa a encher
E o saco vai rebentar

Agora vou sempre deixá-la sair
Sempre que ela quiser
É só ela pedir
Sempre que lhe apetecer.

Raquel
Freitas; 9ºB; Nº15


Se eu fosse um instrumento…

Se eu fosse um instrumento,
Seria uma guitarra;
Para nas tardes de verão
Acompanhar a cigarra.

Se eu fosse um instrumento,
Seria um tambor;
Porque assim tocava
Com muito fervor.

Se eu fosse um instrumento,
Seria um piano;
Para tocar a despedida
Aobaixar do pano.

Se eu fosse um instrumento,
Seria uma bateria;
Para animar a festa
Com a minha alegria.

Se eu fosse um instrumento,
Seria uma caixa chinesa;
Tocaria todos os dias
Para acabar com a tristeza.

Se eu fosse um instrumento,
Seria um violino;
E a todos os músicos
Dedicaria um hino!
Maggie



O Amor

Quantas vezes já tentei
Uma vez por todas te esquecer
Só ainda não percebi
Porque é que nunca o consigo fazer.

Podem gozar que eu não me importo
Pois é contigo que eu quero estar
E só tenho pena
Que não me possas amar!

Cada vez que te vejo
Sinto um aperto no coração
Só queria que de uma vez por todas
Me pudesses dar a tua mão.

Acho que ainda não percebeste
O quanto és importante para mim
E quando é que vais compreender
Que o meu amor por ti não tem fim.


És e sempre serás
O meu grande amor,
Mas também serás
O que me causou mais dor.

Não fazes ideia
Do quanto me fazes sofrer
Quando de mim foges
E dizes que não me queres ver.

Espero que um dia
Possamos ser felizes
E viver com a cabeça no ar
Como um bando de perdizes

Quando leres isto
Pode ser que percebas o meu amor
E que entendas de uma vez
Que haverá sempre um sofredor

Neste caso fui eu
E espero que não
Sofras o que eu sofri
Pois partiste-me o coração.
Lutarei por ti
Até depois da minha morte
E espero que seja desta
Que esteja com sorte.

Agora grito para todo o mundo
Sem a mínima dor
Que nunca amarei ninguém
Como te amo a ti, amor!

Ângela Baptista 7ºC

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